Os percevejos-de-cama (“Cimex lectularius”, mundialmente conhecidos como “bedbugs”) são uma praga que esteve praticamente desaparecida dos ambientes urbanos desde a década de 50, quando o uso de inseticidas altamente tóxicos como o DDT era uma prática comum para combater as pragas. O DDT foi proibido na década de 70 na maioria dos países, mas desde então não foram notificadas muitas ocorrências do percevejo-de-cama.

Em 2006 voltaram a surgir infestações, registradas primeiramente nos EUA, e nos últimos anos vem sendo notificado um número cada vez maior de infestações em diversos países. Por serem insetos muito pequenos que se escondem nos locais onde as pessoas costumam dormir, seu transporte é feito de forma muito eficiente pelas próprias pessoas, que acabam os levando de carona em suas malas, roupas e pertences. Dessa forma, os percevejos conseguem viajar facilmente para os diversos lugares do mundo em que os homens transitam. Por esses motivos, diversos pesquisadores afirmam que essa praga irá ressurgir com uma força cada vez maior nos tempos atuais por causa de fenômenos como a globalização e avanço da tecnologia.

São insetos hematófagos (que se alimentam de sangue) que medem de quatro a sete milímetros de comprimento. Costumam se esconder em frestas de camas, colchões e armários, saindo à noite para se alimentar. Em locais infestados, é muito comum as pessoas acordarem de madrugada com diversos percevejos em seu corpo. Apesar de não serem considerados vetores de doenças, sua picada causa muito incômodo e , dependendo da gravidade, pode ser necessário auxílio médico.

São de grande importância para o setor de turismo (como hotéis e pousadas), pois a grande movimentação de pessoas de diferentes origens torna esse tipo de ambiente propício à presença dessa praga, que nesses locais adquire também uma importância econômica, visto que as infestações de percevejos-de-cama podem causar até mesmo o fechamento de estabelecimentos comerciais.

• Limpar freqüentemente os locais de alojamento de pessoas, especialmente em quartéis, hospitais, abrigos e presídios.
• Manter o assoalho e as junções calafetados e encerados, pois as frestas no assoalho servem como locais de abrigo e de postura dos ovos.
• Vedar fendas e orifícios nas paredes, inclusive nos abrigos de animais domésticos.
• Cuidar da higiene pessoal.
• Manter limpos animais domésticos.
• Expor ao sol, periodicamente, roupas, colchões e camas, pois o calor e a luminosidade desabrigam os percevejos.
• Vistoriar freqüentemente roupas, móveis e objetos que tenham sido transportados de outros locais, principalmente, se forem de locais infestados.